29.3.12

ULC - Ultimate Life Combat

O lutador é tratado como um semideus. As suas primeiras imagens são geradas já no vestiário do grande estádio. Ele se aquece, não sem esquecer da enorme plateia que o aguarda e tudo mais que está em jogo. Ao sinal, dirige-se ao octógono, acompanhado de seu séquito. Transparece autoconfiança, ergue seus braços abertos para o público, sobe no ringue e continua se aquecendo. Muitas fotos para publicidades são disparadas em meio a uma concentração já comprometida.
Com o seu oponente não é diferente. Este, pouco tempo depois, surge no palco repetindo basicamente o mesmo iter. Feitas as glamourosas apresentações, a luta inicia. São três assaltos e que vença o melhor.
É a partir desse instante que a luta se assemelha com a própria existência. O lutador agora só conta consigo. Procura seguir a estratégia traçada para o combate, afim de finalizar o oponente. Não é fácil. Aquela autoconfiança de antes vai sendo minada a cada violento golpe. O sangue espirra e escorre, a mente turva, o ar desaparece, as dores castigam, mas é preciso resistir para não cair.
Quando se ganha o combate, tudo é festa, mesmo sem poder enxergar a glória alcançada devido aos inchaços, mas, quando se perde, além das dores restam a frustração e o sentimento da derrota.
Após a ovação do vencedor seguem os comerciais e a chamada para a próxima luta.

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